segunda-feira, 21 de março de 2011

Em Fim TiTiTi

          
          Finalmente tivemos o último capítulo de TITITI, novela que realmente deixou saudades, pelo menos para mim,  pois deixei de sair muitas noites para assistir algo que havia deixado expectativa no capítulo anterior.Também, um trabalho baseado em obras do imortal Cassiano Gabus Mendes e devidamente acrescida em detalhes por outra mente iluminada, a incomparavel Maria Adelaide Amaral, não podia ser outra coisa.



           Com relação aos protagonistas, é claro que Jacques Leclair (Alexandre Borges) apareceu mais do que o Victor Valentin (Murilo Benício), pois o primeiro teve dois destaques inusitados: a gargalhada debochada e o clássico "aperto" do lenço no pescoço, que motivou ao departamento de som, a criação de um barulhinho característico. Quanto aos disfarçes de Valentin, achei deploraveis, mas nada que tire o valor de seu intérprete. Mas não se pode esquecer a extraordinária atuação de Claudia Raia como a atrevida, capacitada e bondosa  Jaqueline Maldonado. Um show a destacar!

           O triângulo amoroso foi também ponto de destaque na trama. Apesar de particularmente torcer por Renato, quando vi a inclusão de Débora Falabela no enredo sem nehuma necessidade aparente, deduzi que a sua personagem seria o "prêmio de consolação" como aconteceu. Torci por Renato porque tenho uma atitude solidária por todas as pessoas que sofrem pressão de comportamento feita por outras que se achem
 "inteligentes e poderosas" para resolverem tudo pensando que estão certas.



Quero aproveitar para comentar com relação ao preconceito no que diz respeito às personagens lésbicas. Até agora somente Agnaldo Silva teve a coragem de incluir na trama de Senhora do Destino duas lésbicas, com algo realmente digno de destaque, inclusive com um "selinho" ao vivo. Em TITITI existia um caso de duas lésbicas, que merecia ter tido maior destaque, mas foi esquecido e apenas comentado pelos personagens eventualmente. Merecia maior destaque, inclusive para demonstrar o que as lésbicas sofrem na sociedade atual tida como "altamente esclarecida!" Até nas novelas as lésbicas são relegas ao segundo plano.



Achei fora de propósito o aparecimento do "verdadeiro" Victor Valentin totalmente dispensável. E no que diz respeito ao festejo final, só gostei das participações  de Marilia Pera e Luiza Brunet, mas acho que elas deveriam ter aparecido como elas mesmas, e não como personagens. Quem apareceu como ela mesmo foi a magnífica Rita Lee, intérprete do tema de abertura.



           Pra concluir quero comentar o destino dos vilões. Para superar a minha decepção com relação ao senso de justiça, resolvi eu mesmo dar o final que imagino para elas. Já reparou? O pessoal do mal é formado só de muheres.Lá vai: Clotilde depois de escorraçada por André, tenta entrar no grupo de Ariclenes e não consegue e termina com frentista em um posto de gasolina. Stéfany e Daguilene depois empregarem mal todo o dinheiro de que dispunham, ficam na miséria e terminam em um grupo de sem-teto disputando (as duas) um pedaço de pão dormido. Luiza aparece cheia de hematomas e arranhões servindo humildemente ao garotão que ela conquistou,sem saber que o mesmo era um machista cruel e desumano.


     




  É isso aí pessoal!
Até a próxima semana!

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Total de visualizações de página