Os direitos humanos consistem no reconhecimento universal de que todos os indivíduos são iguais, e merecem respeito mútuo. Mas embasados na sociedade moderna de consumo devido ao sistema capitalista, é desrespeitada a vida de muitos indivíduos que não estão inseridos na lógica do mercado.
O mercado mundial, através dos monopólios, submete toda existência humana. Desta forma, o consumir é retratado como uma atividade de satisfação e prazer imediatos, essenciais da existência humana na sociedade.
Nesse âmbito, Robert Kurz enfatiza a contradição que existe no uso dos direito humanos. Ele concretiza o argumento dando como exemplo a hegemonia do poder norte americano.
“Quem argumenta desse modo esquece que o procedimento totalmente normal e cotidiano da socialização global através dos mercados implica um não-reconhecimento permanente de inúmeras vidas humanas. Os Estados Unidos da América utiliza os direitos humanos de maneira pretensiosa, pois usam com interesses de poder e economia. Segundo Kurz, “não lhes interessa a situação jurídica da população, mas apenas o petróleo.” (KURZ, pág. 01).
Desta maneira, o argumento persiste na medida em que todas as partes onde os detentores do poder se destacam pelo bom comportamento.
No caso fica a reflexão: como fica a relação dos direitos humanos nos modos de produção ?
DIE PARADOXIEN DER MENSCHENRECHTE in www.exit-online.org. Publicado na Folha de São Paulo de 16.03.2003 com o título Paradoxos dos direitos humanos e tradução de Luis Repa. Publicado em ARCHIPEL, FORUM CIVIQUE EUROPÉEN, Junho 2003
POLITISCHE ÖKONOMIE DER MENSCHENRECHTE em www.exit-online.org. Publicado em Neues Deutschland, 10.2002. Tradução de José Paulo Vaz, 08.11.2002.
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