quarta-feira, 22 de junho de 2011

FILOSOFIA E FANTASIA



A grande maioria dos comentadores de filosofia e filósofos concorda que antes do surgimento  da Filosofia como área de estudos do conhecimento, já existiam as chamadas modalidades de pensamento que procuravam dar sentido ao homem e ao universo, estas modalidades seriam ARTE, RELIGIÃO e MITO.


No que diz respeito a arte e religião falaremos depois, sendo que hoje procuraremos explicar a chamada área da fantasia que, conforme Aristóteles, pré-estabeleceu ou preparou a mente humana para ingressar na Filosofia. Nesta área estão inclusos, mito, alegoria, lenda e fábula.


Em um ambiente de estudos fora da Filosofia, estas palavras são pronunciadas de forma aleatória em discursos às vezes tediosos e em escritos com intenções diversas procurando demonstrar a  sabedoria de seus autores.


Para escrever sobre isso nos reportamos a Nicola Abbagnano, Henri Corbin, George Orwell, La Fontaine, Fernando Pessoa e Monteiro Lobato, sendo que cada um desses gênios dá a sua parcela de contribuição ao assunto.

Então podemos afirmar que, tudo se resume nestas duas expressões:

                   a) PRETENÇÃO DE CREDIBILIDADE.
                   b) SENTIDO EXPLICATIVO.


Para as quatro categorias de narrativas fantasiosas relacionadas cima, é feita a classificação de cada uma segundo essas expressões sendo que, a pretenção de credibilidade significa que, durante algum tempo alguém acreditou que a suposta fantasia fosse realidade. E o sentido explicativo determina que, o teor explique sempre alguma coisa. Então temos:



Fonte: blognectantaurus
                  MITO - tem sentido explicativo e pretenção de credibilidade.
                   Ex. Para os céticos e materialistas, a criação do universo segundo a bíblia, é um mito. Porque durante muito tempo ninguém questionou isso e ainda hoje existem pessoas que creem piamente que foi como lá está, sendo que a narrativa em si é uma explicação.

               


                  ALEGORIA - tem apenas o sentido explicativo.
                   Ex. Muitas pessoas errôneamente chamam a fantasia platônica de "Mito da Caverna." Não é mito porque o próprio Platão ao elaborar o teor, não quis dar ao mesmo, um sentido real, sendo que o principal objetivo era explicar a diferença entre o filósofo e o homem comum.

                  LENDA - tem apenas a pretensão de credibilidade.
                  Ex. Muitas pessoas ainda acreditam em fantasias como as relativas às origens africanas e indígenas para justificar algum fenômeno, ou outras relativas ao fogo fátuo e tantos outras crendices existem unicamente para confundir sem explicar nada.

                 FÁBULA - Não tem sentido explicativo e nem pretensão de credibilidade.
                 Ex. A raposa e as uvas, A formiga e a cigarra são fábulas conhecidas no mundo inteiro, mas então, sem sentido explicativo e pretensão  de credibiliade, qual o objetivo da  fábula? Toda fábula em seu conteúdo, de forma explícita ou implícita,deve ter sempre UMA LIÇÃO DE MORAL. Esta é a grande responsabilidade do autor de qualquer fábula.

Fonte: arquivo revista veja

Um comentário:

  1. olá,
    meu nome é yuri e gostei muito da sua explicação sobre a alegoria da caverna.
    Gosto muito das postagens sobre filosofia.

    abraços.

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